Hoje faz uma semana que o massacre de Suzano despedaçou o coração do Brasil



(Fonte: Correio Brasziliense / foto: Miguel Schincariol/AFP)


Ontem, dia 19 de março a escola estadual Raul Brasil abriu suas portas para retornar suas atividades após o massacre, que hoje completa uma semana. Ao todo foram 8 mortos, 11 feridos e inúmeras marcas deixadas no coração dos que presenciaram aquele tormento.
Começo de ano geralmente é época de otimismo, esperança, mudanças, novos projetos. Mas é inegável que o começo de 2019 foi totalmente o oposto dessa positividade.

Ainda estamos no terceiro mês do ano e já aconteceu a tragédia de Brumadinho; o incêndio que acabou com os sonhos dos meninos do Flamengo. Perdemos um ótimo jornalista, o Ricardo Boechat em um terrível acidente de helicóptero. Aconteceram enchentes, deslizamentos de terra no Rio de Janeiro e em São Paulo, causados pela chuva, que veio em uma quantidade bem maior do que a estimada para esses meses. E por fim, a mais recente, a tragédia da Escola de Suzano.
 
É quase impossível imaginar como aqueles alunos, professores e funcionários conseguirão retornar à escola e continuarem suas atividades. O que aconteceu foi cenário de filme de terror. Foi cruel.

E o que mais me assusta, é que essa foi MAIS uma tragédia em uma escola do Brasil. Ao todo, foram 8 massacres em escolas brasileiras, de acordo com uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo. Dessas, 6 eram estaduais e 2 particulares, totalizando 28 mortes.

Trago esses números neste texto, para mostrar que esse crime acontece desde 2002. Crianças perderam suas vidas. Professores, coordenadores e funcionários também. Isso nos faz parar para pensar no quanto estamos desprotegidos em qualquer lugar do Brasil.

Era para ter sido mais um dia de aula normal. Mais um dia de aprendizado, de convívio com os colegas no intervalo. Era pra ser, mas não foi. Para muitos foi o último dia. O último dia de sonhar, de dizer eu te amo, de sorrir.

Ontem, os alunos que sobreviveram à tragédia, soltaram balões brancos, no pátio da escola Raul Brasil, em súplica pela paz. Tenho certeza que esse é o desejo dos brasileiros. Queremos paz! Queremos ir ao banco, sem medo de sofrer um assalto.  Queremos esperar o ônibus no ponto, em segurança. E agora os pais querem deixar os filhos na escola, na certeza de que em algumas horas retornarão para buscá-los, com vida.

Não só o Brasil, mas o mundo está um caos. Pessoas morrem lá fora, também. Crianças morrem.
Desejo que hoje seja um dia de reflexão. Que possamos refletir o quanto a vida é curta demais para fazermos mais guerra.

Vamos nos unir! Vamos promover a paz! Vamos cuidar uns dos outros! Vamos respeitar o próximo!

Vamos estender as mãos para aqueles que hoje completam uma semana de dor da perda de um filho, um amigo, um aluno, um professor, uma mãe.

Desejo que todas as crianças e jovens tenham o direito de sonhar. Que as crianças não percam a infância por causa da violência. É nossa responsabilidade proporcionar à elas e aos jovens um lugar mais tranquilo para viver e sonhar.  

Desejo também que as pessoas se conscientizem sobre o bullying. A escola deve ser um lugar leve e agradável, e não lugar de guerra e tortura. Que os sobreviventes desse massacre tenham forças para continuar a jornada. 

Acima de tudo, que toda dor seja respeitada. 

PAZ! 





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